segunda-feira, 20 de maio de 2013
Vagabundo vazio em manhã de domingo
Vagabundos tão quietos agora!
Vagam mudos pela aurora
Vendo-se parte da fauna e perto da flora;
Varrendo os desejos mente afora.
"Algoz" realmente tem que rimar com "atroz"
Assusta-nos... é robusto; feroz.
A demência do sangue dá a nós.
A sua desdita é digna e veloz.
E o vazio vagabunda comigo,
Entre esses resquícios de abrigo
E a serenidade da manhã de domingo.
Existe vazio vagabundando contigo?
Ervália, 19/05/2013
Cristiano Durães
Vagam mudos pela aurora
Vendo-se parte da fauna e perto da flora;
Varrendo os desejos mente afora.
"Algoz" realmente tem que rimar com "atroz"
Assusta-nos... é robusto; feroz.
A demência do sangue dá a nós.
A sua desdita é digna e veloz.
E o vazio vagabunda comigo,
Entre esses resquícios de abrigo
E a serenidade da manhã de domingo.
Existe vazio vagabundando contigo?
Ervália, 19/05/2013
Cristiano Durães
Aviso aos Navegantes
Brindemos às nossas vidas e cóleras,
Já que o ímpeto nos faz prepotentes!
Chamemos nossas mentes de víboras
Já que não aceitamos quando chamam-nas de serpentes!
Eis a lástima das existências poéticas:
Ouve-se o que é mudo; encherga-se os invisíveis.
Eis os adjetivos atribuidos às verdades patéticas:
Poentas, morimbundas e imprescritíveis.
"Cansado" é o termo correto.
E quanto às promessas eu fico quieto,
Já que o impulso que me dá o ímpeto
Já foi por mim tantas vezes prescrito.
Terra do Nunca, 20/05/2013
Cristiano Durães
Já que o ímpeto nos faz prepotentes!
Chamemos nossas mentes de víboras
Já que não aceitamos quando chamam-nas de serpentes!
Eis a lástima das existências poéticas:
Ouve-se o que é mudo; encherga-se os invisíveis.
Eis os adjetivos atribuidos às verdades patéticas:
Poentas, morimbundas e imprescritíveis.
"Cansado" é o termo correto.
E quanto às promessas eu fico quieto,
Já que o impulso que me dá o ímpeto
Já foi por mim tantas vezes prescrito.
Terra do Nunca, 20/05/2013
Cristiano Durães
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Onde estamos?
Aqui...
É onde a noite noctívaga-
Trajando ultraje e luto-
Silente vaga
Em seu reinado devoluto.
Lá...
É um lugar com nome de acorde.
É o tom do grito que se envilece.
Antes que o suspirar acorde,
É lembrança que se esquece.
Aqui...
Criva-se as noites impetuosas
Com o amargo do sangue
Que palpita nas trilhas venosas
E se derrama turvo e langue.
Lá...
Beijas os sonhos venenosos
Com teus lábios sujos de dor.
Não sei onde há união nesses casos...
"Lá" sempre será longe; seja onde for!
Aqui, 13/05/2013
Cristiano Durães
É onde a noite noctívaga-
Trajando ultraje e luto-
Silente vaga
Em seu reinado devoluto.
Lá...
É um lugar com nome de acorde.
É o tom do grito que se envilece.
Antes que o suspirar acorde,
É lembrança que se esquece.
Aqui...
Criva-se as noites impetuosas
Com o amargo do sangue
Que palpita nas trilhas venosas
E se derrama turvo e langue.
Lá...
Beijas os sonhos venenosos
Com teus lábios sujos de dor.
Não sei onde há união nesses casos...
"Lá" sempre será longe; seja onde for!
Aqui, 13/05/2013
Cristiano Durães
Pensamentos de um segundo de saudade
Tanto pranto sorrindo;
Tanto sorriso pranteando...
Tanto tempo se olhando no espelho,
Vendo tanto frio e tanto vazio
Que tanto me indago frente o nada que olho.
Tanta flor nesse quarto...
Um quarto de hora onde tanto se faz...
Tanta melodia no fundo do peito,
E num devaneio profundo tanto se é medaz...
Tanto "tanto" e,
No entanto,
Tanto se quer tanto falar
E tanto se fala em tanto querer...
Ervália, 13/05/2013
Cristiano Durães
Tanto sorriso pranteando...
Tanto tempo se olhando no espelho,
Vendo tanto frio e tanto vazio
Que tanto me indago frente o nada que olho.
Tanta flor nesse quarto...
Um quarto de hora onde tanto se faz...
Tanta melodia no fundo do peito,
E num devaneio profundo tanto se é medaz...
Tanto "tanto" e,
No entanto,
Tanto se quer tanto falar
E tanto se fala em tanto querer...
Ervália, 13/05/2013
Cristiano Durães
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Ame!
A esperança não deve findar!
E esta deve junto caminhar,
com a mais sublime sensação.
Esta não vale menos,não,
Sempre,na guerra e na paz deve estar,
A sublime sensação de amar!
André Luiz
Questione,
Pois feliz é aquele
Que busca o saber;
Assim o forçado
A luz há de rever.
Observe,
Pois feliz é aquele
Que vê-se amanhecer
Por vezes enfermo e dorido
E sagrando o próprio ser.
Lute,
Pois imbatível é aquele
Que não renega o futuro
E sim a treva sem termo
A deixar o pensar impuro.
Alimenta-te
Do enlevo mais sereno
Na prece e na oração.
Honre teus sonhos em vida;
E o amor mais ameno
Não ouse tirar do coração.
Ervália, 09/05/2013
Cristiano Durães
E esta deve junto caminhar,
com a mais sublime sensação.
Esta não vale menos,não,
Sempre,na guerra e na paz deve estar,
A sublime sensação de amar!
André Luiz
Questione,
Pois feliz é aquele
Que busca o saber;
Assim o forçado
A luz há de rever.
Observe,
Pois feliz é aquele
Que vê-se amanhecer
Por vezes enfermo e dorido
E sagrando o próprio ser.
Lute,
Pois imbatível é aquele
Que não renega o futuro
E sim a treva sem termo
A deixar o pensar impuro.
Alimenta-te
Do enlevo mais sereno
Na prece e na oração.
Honre teus sonhos em vida;
E o amor mais ameno
Não ouse tirar do coração.
Ervália, 09/05/2013
Cristiano Durães
terça-feira, 7 de maio de 2013
Sopro sombrio
"A palidez não permanece;
O cheiro requer uma prece
Pra pedir a qualquer deus
Que os caminhos teus
Sejam mais belos e floridos
Do que os instantes por mim vividos."
O cheiro requer uma prece
Pra pedir a qualquer deus
Que os caminhos teus
Sejam mais belos e floridos
Do que os instantes por mim vividos."
Um sopro...
E nos olhos perde-se o nome.
Dança a lápide solta
E no negrume some...
É flor que não perfuma
E é dor que não perfura.
E na presença da alma
A mão revela-se impura.
Não! Faça silêncio!
Olha que mimo de mulher ali deitada!
E o palor já se perdeu há tempos
É só lembrança assutada.
E o quanto o instante
Se fez sombrio
É o quão nobre foi o beijo
Na frieza da tua tez.
Um sopro morno...
Pareceu se soltar...
Ervália, 07/05/2013
Cristiano Durães
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Cacos de taça
I - O Cenário
Noite...
Tão lasciva quanto o dia;
Tão infame quanto a sorte.
E nas nódoas da melodia
Vaga o desalento torpe.
Verdade...
Tão leviana quanto a lua;
Tão mister quanto a sanidade.
É rude esa rima crua...
Alucina essa turva labilidade.
II - O ato
Embeba-me do fluído
Que alegra as psiques,
Independente do ruído
Dos ingratos "por ques".
Nessa taça quebrada
Existe o perigo langue
De cortar a boca calada
E misturar o vinho ao sangue.
Oh! Céus! De quem seria
Esse ato de se embebedar
Com vinho sangrento e poesia
Apenas pra sentir um amar?
Talvez seja cultura
Que meu etnocentrismo não deixa respeitar.
Talvez seja loucura
Que me remete a uma rima que alguém vai criticar.
III - Pedidos e explicações
Não me pergunte o motivo
Pra com tanto vinho eu me inebriar.
Sinta-me inerte, jamais vivo.
Talvez assim possas se acostumar.
É pensamento que se derrama
Nesse romantismo mal amado.
Não chamo mais de leito a minha cama
Já que nela não me sinto mais deitado.
São fantasmas noctívagos
Jogando-me no chão feito um beberrão.
São ideais que mentem- tão vagos-
Que um caco de vidro enterra no coração.
Ervália, 30/04/2013
Cristiano Durães
Noite...
Tão lasciva quanto o dia;
Tão infame quanto a sorte.
E nas nódoas da melodia
Vaga o desalento torpe.
Verdade...
Tão leviana quanto a lua;
Tão mister quanto a sanidade.
É rude esa rima crua...
Alucina essa turva labilidade.
II - O ato
Embeba-me do fluído
Que alegra as psiques,
Independente do ruído
Dos ingratos "por ques".
Nessa taça quebrada
Existe o perigo langue
De cortar a boca calada
E misturar o vinho ao sangue.
Oh! Céus! De quem seria
Esse ato de se embebedar
Com vinho sangrento e poesia
Apenas pra sentir um amar?
Talvez seja cultura
Que meu etnocentrismo não deixa respeitar.
Talvez seja loucura
Que me remete a uma rima que alguém vai criticar.
III - Pedidos e explicações
Não me pergunte o motivo
Pra com tanto vinho eu me inebriar.
Sinta-me inerte, jamais vivo.
Talvez assim possas se acostumar.
É pensamento que se derrama
Nesse romantismo mal amado.
Não chamo mais de leito a minha cama
Já que nela não me sinto mais deitado.
São fantasmas noctívagos
Jogando-me no chão feito um beberrão.
São ideais que mentem- tão vagos-
Que um caco de vidro enterra no coração.
Ervália, 30/04/2013
Cristiano Durães
Soneto a um agonizante
Determinado acalanto insiste
Em ausentar-se com virtuoso afã
Desse vil coração que trina triste
E desmaia a cismar ovante e louçã.
Se desvairada vertigem abre
Um negro portão; um cemitério altivo.
Queimando-se em feroz receio e febre,
Caminha ao ermo pelo que não é vivo.
Não se perde. Talvez porque vê o muro.
E, num delírio, desaba-se em pranto
Por ver que ali é demasiado escuro.
Não se intimida com seu próprio canto,
Já que num gole fatal e tão puro,
Dorme tão sereno no ápice do encanto.
Ervália, 23/04/2013
Cristiano Durães
Em ausentar-se com virtuoso afã
Desse vil coração que trina triste
E desmaia a cismar ovante e louçã.
Se desvairada vertigem abre
Um negro portão; um cemitério altivo.
Queimando-se em feroz receio e febre,
Caminha ao ermo pelo que não é vivo.
Não se perde. Talvez porque vê o muro.
E, num delírio, desaba-se em pranto
Por ver que ali é demasiado escuro.
Não se intimida com seu próprio canto,
Já que num gole fatal e tão puro,
Dorme tão sereno no ápice do encanto.
Ervália, 23/04/2013
Cristiano Durães
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