Um sopro...
E nos olhos perde-se o nome.
Dança a lápide solta
E no negrume some...
É flor que não perfuma
E é dor que não perfura.
E na presença da alma
A mão revela-se impura.
Não! Faça silêncio!
Olha que mimo de mulher ali deitada!
E o palor já se perdeu há tempos
É só lembrança assutada.
E o quanto o instante
Se fez sombrio
É o quão nobre foi o beijo
Na frieza da tua tez.
Um sopro morno...
Pareceu se soltar...
Ervália, 07/05/2013
Cristiano Durães
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