Tão bela rosa havia de nascer
Entre os delírios enamorados,
Os devaneios tão doirados,
E entre a melancolia do perecer!
Amei demasiadamente tal botão.
Botão de rosa vermelho e rosa!
Tão vivaz e tão cheirosa
Era a sua orvalhada pétala brilhando no clarão!
Mas o botão também tem espinhos
E tenta ser rosa madura pra compensar!
Se dilacera sem medrar
E sem pensar em seus caminhos!
Despedaçou-se. Desbotou-se
Tentando amadurecer.
E nada que alguém fizesse
Faria-a renascer.
E a rosa que um dia
Despertou amores e simpatia,
Hoje, nem durante o dia,
Derrama vida como fazia!
Ervália, 26/11/2012
Cristiano Durães