Canta, anjo!
Quero ouvir-te
Sussurando o próprio amor.
Tudo que almejo,
Antes da sorte e da morte
É saber o tom do velho tenor.
Em tantos tons eloquentes
E tantas luas tão repentes
Existe as dores e rictos que sentes!
Cante entre os levantes;
Na calmaria dos instantes
Em que os sentimentos são latentes!
O vento que outrora
Soprou os desejos mente afora,
Voou rumo à aurora
Em outro peito em que o amor aflora-
Seja por dentro ou por fora-
E que alenta alguém agora.
Lua, rosa e chuva.
A poesia é quem se curva
Ante a vida que amava.
Cante o frescor da relva!
Nela a mesma poesia se deitava
E com a sanidade que se inebriava
Ela se enchia e sonhava.
Ervália, 28/11/2012
Cristiano Durães
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