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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eu agora


Sentado;
O chão é gelado.
O cigarro apagado
Já foi todo fumado.
Mais um cigarro queimado.

Caindo;
As cinzas sujando;

O tempo parado.
O livre e o encarcerado
Digladiando lado a lado.

Amando;
O peito arquejando;
Ferocidade delirando;
O noturno perdido
E o soturno despercebido.

Escrevendo;
Em linhas tortas agonizando.
A testa descorando;
No quarto vazio morrendo.
Mais um cigarro apagado...

Cristiano Durães

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