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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Apenas sendo...

És um anjo...
Em sua forma mais rústica.
Estampando um sorriso que purifica
A volúpia que teu olhar acende.

És o mar...
E se perde na imensidão da beleza. 
Vem se quebrando nos penedos mais gélidos...
Ora serena; ora sem destreza. 

És o sol...
Em seu brilho divinal na manhã.
Ilumina os corações alheios
E o teu, emana ardência e afã. 

És a lua...
Ornando minhas noites nas janelas
A pele pálida e morna
Condiz com o brilho que revelas.

És como flores...
Botão de rosa orvalhado.
Esperando se desabrochar em linda flor;
E para isso já não precisa de mais nada.

És sonho...
Dilacerando qualquer pesadelo;
Engrandecendo cada presságio;
Tornando o frio da noite ainda mais belo. 

És calor...
E tens aroma de verão.
Quente, repente e ardente.
Dias como os teus jamais virão.

És frio...
E dala fundo no peito estremecido.
O toque é gélido quando choras...
É como o mármore da lápide envelhecido.

És tudo e não és nada.
E o teu olhar é o que fito na visão.
És ventura; és alada...
És o desejo que pulsa no coração.

Ervália, 24/02/2013

Cristiano Durães

2 comentários:

  1. "És tudo e não és nada.
    E o teu olhar é o que fito na visão.
    És ventura; és alada...
    És o desejo que pulsa no coração." isso foi tão lindo que não paro de ler *-*

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  2. És um ótimo poeta, em meio a tantas frases lindas que se confundem com a natureza.. fica difícil escolher uma parte. E o Tudo e o nada me causa aflição, adorei!

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