Não! Não em questione!
Tenho apenas uma mente
Que dorme criando
E desperta concretizando.
Os sonhos mais sem graça
Ela trespassa e ameaça.
Não é desgraça
Se com tais sonhos a vida se entrelaça.
A vida
É quem cora, descora e ancora
No mar de cores que decora
O momento que a escória chora.
E nesse desconexo
Eu- sem algum nexo-
Me anexo.
Os desejos
São margarita e margaridas
Digladiando nesse mar de idas
Que se quebra com as partidas.
São doces os vinhos
E os anátemas levinhos
Que odeiam diminutivos
Mas diminuem-nos altivos.
A cor do amor
É rosa e honrosa.
O amor é ardor,
Apesar da falta de ar
E da sobra de dor.
Não me importa se o peito se importa
Com o despeito de quem bate a porta.
Vá-te, vate!
Curiosidade a poesia nos mete!
A rima nos remete
À regra que nos regra
A amar a desregra.
Dá-lhe, dália!
Cora essa vida
Que, porventura,
Não se aventura
Pra alcançar a ventura!
Ervália, 19/02/2013
Cristiano Durães
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