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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Despedir do Adeus?

Devaneios inglórios avolumam-se...
Pedem perdão à inocência
E me lembram que é hora de crescer
Ou morrer pequeno...

Quisera eu que as epopéias
Não tornassem a rima tão mister!
Quisera eu que o eco dos acordes diminutos
Não preenchecem a dor do peito em prantos!

Era pra ser a decisão derradeira
Fugir com demasiada pressa
Para onde o mar me beije...
Para onde a lua me olhe...

Lá- onde dormem os grandes-
Não há perguntas por toda parte.
Lá reina a saudade
De tudo que deixo aqui.

Aqui- onde vivem os acalantos-
Não há modo fácil
De não pensar em dar adeus
Ás despedidas tão cruéis.

Dúvidas inglórias avolumam-se...
Pedem perdão ao desejo
E me lembram que é hora de amanhecer,
Pois o novo amanhece...*

* Citação de trecho de música de Renato Teixeira

Ervália, 14/02/2013

Cristiano Durães

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