Marcadores

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Na Lápide

Apens algo que toca
O Confortável afã da alma.
Não há dor...
Confie... Você está seguro...
Mas se o sentimento
Ousar privar-lhe do ricto,
Apenas ajoelhe-se
Ante à harmonia da melodia
Que emana a noite.
A treva é a companheira
Dos teus pesadelos mais queridos.
Confie... Você está seguro...
Convide-me para embriagar-me 
Com apenas uma taça
Desse frígido fluído
Que escorre na tua vida.
Confie... Você está seguro...

Não se espante.
O mar não é tão profundo,
E os teus braços - em estafa-
Hão de levá-lo à praia.
O beijar mortífero da loucura
Estala junto ao "tac" do relógio,
E você pode beijá-la.
Confie... Você está seguro...
É sangue que desce
Nessas janelas langues e escuras.
É liberdade que escorre
Nessa chaga ardente no peito.
Confie... Você está seguro...

Adormecendo...

É divinal o sonho que tens;
É sombrio o modo como deitas.
Ah não... Você não está seguro...

Ervália, 20/02/2013

Cristiano Durães

2 comentários:

  1. Gostei muito, gateenhoo ^^ Em especial os versos "Não se espante.
    O mar não é tão profundo,
    E os teus braços - em estafa-
    Hão de levá-lo à praia.
    O beijar mortífero da loucura
    Estala junto ao "tac" do relógio,
    E você pode beijá-la."

    ResponderExcluir
  2. "Adormecendo...
    É divinal o sonho que tens;
    É sombrio o modo como deitas.
    Ah não... Você não está seguro..."

    Aprecio essas reviravoltas! estar seguro, estar seguro.. e não estar seguro :))

    ResponderExcluir