Marcadores

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Meio que pela metade

Meia noite...
Falta meio dia
Para o relógio bater meio dia...
Entre esses devaneios meio que inúteis
Eu- meio agoniado-
Reparo na vida meio que sem notar...
Reparo que ela está meio atrasada.
No meio em que eu vivo
Ela está meio desorientada.

E eu sou metade:
Metade do que eu deveria ser;
Metade do que eu poderia ser;
Metade do que eu gostaria de ser...
Sou metade e não sei dizer
O que é a outra metade.

Não importa se eu digo "não".
O "não" não acrescenta;
Só deixa de acrescentar.
Domino as noites mais ferozes
Com poemas de negação.
Sonhar... Sonhar...
Vai vagando entre as mentes
De cada metade que se sente
Meio que perdida...

E já que o contexto
Está meio que pela metade,
Metade do que eu escrevi
É meio que sem nexo. 
Metade de quem aprecia
É meio que flutuante.
Metade de quem vos escreve
É meio que angustiante.
Metade do que mata
É meio que mister.
Metade do que embeleza
É meio que indecoroso.
E agora- pra finalizar-
Metade do que eu disser
É meio que pra você desconsiderar.

Ervália, 04/02/2013

Cristiano Durães

Nenhum comentário:

Postar um comentário