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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Um poema ruim; Uma saudade cativa...

   Se o sofredor não chegou a ser um regenerado, pode- pelo menos- deixar de ser um revoltado e viver como um conformado.

Estou lhe esperando,
Como se estivesse a caminho.
Tenho um cigarro entre os lábios...
Talvez assim o desejo se apague também.

Face na face...
E os teus olhos permancem fechados.
Tantos olhos são testemunhas
De algo que parece não existir!

Difícil criar um sonho
E mantê-lo vivo apenas com palavras.
Tudo é cansaço, medo e dúvida...
E isso apunhala o coração de qualquer amante.

A noite me faz sucumbir
Ante a um turbilhão de pensamentos.
Santa é a lua que se esconde
Detrás dessas nuvens traiçoeiras.

São seis e quinze da manhã.
Com certeza os teus olhares
Contemplam o brilho do sol.
Tens na face um sorriso infausto.

És bela... E eu tinha me esquecido disso.
 A simplicidade dos versos
Só mostram o quão ferozes
Tem sido as minhas interrogações.

A vontade de escrever
Foi -se com a chuva que,
Já acalmada pelas divindades,
Encheu de cor essa manhã tão fria.

Viçosa,  13/11/2012

Cristiano Durães

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