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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fin d'après midi

Distante do fim da noite.
Delirante como os violinos de Vivaldi.
Desde os tempos mais sombrios
Devaneios surgem nele.

Largo desalento se antecipa.
Latente perecer da alegria turva.
Longínquo e silente como a morte.
Lentamente acomoda-se na gente.

Santificada escuridão vem engolindo!
Se abrindo em grossos novelos de lã escura.
Serena e fria solidão na relva;
Sacra e rara solidão na pedra.

Adormecido,
Apenas deixa os vestígios
Atentos e desvanecidos
À alva lua dos amores.

Viçosa, 13/12/2012

Cristiano Durães

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