"A morte surda caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina
Ela vai me beijar"
RAUL SANTOS SEIXAS
Alguém aí?
Preciso de duas respostas.
Por que pergunto?
Por que estou aqui?
Sagrando e sangrando.
Sou poesia doente
Sou poema sem estrofe.
Um cubo de gelo quente.
Ainda pergunto o mesmo
E sempre hei de perguntar.
Diga-me: Por que permanecer na treva?
Por que não brilhar?
O chão faminto
Leva vidas e leva ossos.
A mente já caída
Descarta sonhos e esforços.
Viçosa, 07/12/2012
Cristiano Durães
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