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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Novamente tudo novo... de novo

Novamente me atordôo
A pele tênue no calor da noite
Parece não se importar com vôo
De um pássaro tão contente.

Leio "Bom dia"*¹
Pela milésima vez...
Quem diria!
Quanta lucidez!

E a lucidez se alucina
Ao ver que não é lúcida.
Se alucina também a sina
Que carrega a poética vida.

Espantoso medo batendo na porta.
Traz consigo a falta de fé.
Angustiante a noite do poeta
Quando esfria seu café.

Me diga que não há motivo
Pra novamente pensar
Que novamente é tudo novo... de novo!
Me diga que não vou errar!

Ervália, 17/12/2012

Cristiano Durães

1* Citação de título de poema de Túlio Mattos

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