Marcadores

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Soneto do Retorno

No fresco da viração tão plácida;
No vil rubicundo arrebol na praia
Esmorecida; bela ali cambaia
Tão lânguida entre a grama esverdeada.

Embalsamando vem as castas flores.
Resvalando as mãos com grande enlevo
Nas tranças que aos pútridos sonhos levo
Para bailar junto às vozes dos tenores.

Bela semi-preciosa camafeu!
É onde se talha a face da tão amada
Rosa mimosa que ao relento morreu.

Nos desmaios e gemidos de fada,
Entre as tão alvas rosas do himeneu, 
Uiva o escárnio pela dor cândida.

Ervália,  28/12/2012

Cristiano Durães

Nenhum comentário:

Postar um comentário