Sentei-me em uma cadeira desconfortável ouvindo Dire Straits e esperando a hora em que o vinil ia travar de novo. Sim... ele está arranhado.
Pensei em vida. Ela também está arranhada. Travou nas mesmas rimas, nos mesmos tons e nas mesmas reações de sempre. Eu sou a vitrola, e a agulha já não aguenta mais tocar essa vida arranhada.
É um poema sem contexto;
Sem motivo algum...
Sem lógica, inspiração ou vontade.
Sem sorrisos, seriedade ou pranto.
Vem. Vamos partir.
Sonhos e mais sonhos virão
E as dores no coração
São quem vão sorrir.
"Felicidades superam infelicidades."
Ok, baby.
Eu concordo com você,
Mas, não venha me falar de maldades.
A janela aberta
Deixa os ventos mais inofensivos
Entrarem desinibidos
Fazendo bater a porta.
É um poema ruim.
Não consegui lapidar
Tudo aquilo que me vi pensar.
Por que tem que ser assim?
Cale-se, Índio! Assim vai acordar o Túlio!
Solidão...
Ervália, 27/12/2012
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