A noite é o açoite
Que instiga-nos a crer;
A pensar e indagar
Ante à realeza
Que emana a lua...
Tantas cabeças já rolaram!
Tantos versos já cantaram
As dores da honra imbatível
Que nem o medo inabalável
Conseguiu suportar...
Impérios caídos...
Sangue de guerreiros
Derramado por hipócritas.
Indelicadas e impuras festas
Consagrando as desgraças.
Aquietam-se o ódio e o desejo.
O devaneio do beijo
Fez com que o soldado mais tonante
Vesse sua cândida amada e revesse seu levante,
Pensando em retornar...
Invejosos deuses
Esperavam que os meses
Os envelhececem como o banal
Que eles chamam de mortal.
Esse só deseja não morrer.
Na atualidade a noite é longa
Quando é tempo de virtuosa vigília.
Não há amor e as guerras não condenam
Os homens que a criaram.
Talvez o rubro do sangue nas espadas
Tenha sido mais honrado
Que o tédio da falta de propósito
Que amola os nossos guerreiros...
Ervália, 16/01/2013
Cristiano Durães
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