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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Soneto à certa incerteza

Que mimo de anjo agora despertando
Em divinas manhãs daqui distantes
No tão tórrido desdém se esvairando
Sem saber dos seus tórridos amantes.

Talvez os amores a umedeceram
E a seriedade altiva a corrompeu...
Talvez as epopéias se calaram
E o seu amor em seu peito morreu.

Sou o amante conformado que não ama
Mas que pragueja contra a vil frieza
Que o coração dela- feroz- derrama.

Sou o tal jovem que afirma com destreza,
Ante à face da jovem que o peito clama,
A existência da tão certa incerteza.

Ervália, 10/01/2013

Cristiano Durães

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