Que mimo de anjo agora despertando
Em divinas manhãs daqui distantes
No tão tórrido desdém se esvairando
Sem saber dos seus tórridos amantes.
Talvez os amores a umedeceram
E a seriedade altiva a corrompeu...
Talvez as epopéias se calaram
E o seu amor em seu peito morreu.
Sou o amante conformado que não ama
Mas que pragueja contra a vil frieza
Que o coração dela- feroz- derrama.
Sou o tal jovem que afirma com destreza,
Ante à face da jovem que o peito clama,
A existência da tão certa incerteza.
Ervália, 10/01/2013
Cristiano Durães
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