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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Poema ao fim da garrafa

Madrugada adentro
Os garrafões de vinhos poentos
Me serviram de estro
Mas não embriagaram meus pensamentos.
Em langues devaneios
O escárnio se diz ausente
Mas os sonhos e os medos
Dizem que é presente e que sente.
Seus efeitos trespassam os sonhos
E deixam os medos tresnoitando.
E como os dias não são tão risonhos
A embriaguez sempre chega me saciando.

Ervália, 10/01/2013

Cristiano Durães

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